segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Inverno

Cabelos, louros e longos cabelos
A rolar por sobre as costas
Soltos aos sabores do vento
E verdes olhos (ou seriam azuis?)
Fazem mar
Seria alegria?
Tristeza cessou seu soprar?
O minuano o rosto castiga
As mãos colore
Tal qual faz do dia, escuro
No peito o passado vira folclore
Espessa e pesada roupa
Ao amor fez-se barricada
Igual se esvai o dia incolor
Mostram-se os olhos à frente
Sem fogo, paixão, dor
Ou qualquer coisa que esquente
Adormece o sentimento
Encontra em amigos único presente
Sob o peito aprisionado
Cavalo selvagem, indomado
Xucro volta a correr
Sabe ele voltará a amar
Sabe ele voltará a doer

Um comentário:

Iu disse...

ah possante inverno,
que de mim fez naquelas noites
um amor a quem encontrar
e no dia, o coração a amargurar!