segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sorrisos

A vida é bela, e é fato
E por isso
De sorrisos
Visto a face
Por saber-me vivo
A olhos vistos
Altivo
Não que cantasse
Ou quisesse
Não soubesse
Dos amigos idos
Amores...esquece

Sobre a Morte

Por que de preto vestes a morte
Se tão brilhante te ofusca?
Por que não sua cor de sorte?
Pois o que é a vida se não sua busca?

A morte em nada é sofrida
Não mais do que o próprio pensar
Viver a vida é tocar a ferida
É um lento e inevitável suicidar

Do guerreiro a busca incessante
Ápice viva em contraponto
Eternidade no horizonte pungente

Dentre todos, destino inquietante
Contínuo sofrimento absorto
Morrer antes da morte iminente

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Teu Poema

Alegria, senhorita, alegria
Me ilumina tua beleza
És toda minha, toda amor
Despertas minha libido,
E meu pudor
És razão do meu levantar
É meu tom de voz a cantar
É tua minha alma ao beijar
É teu meu feio sorriso espontâneo
Meu furor, meu calor momentâneo
Se junto a ti ando é porque te quero
Se parado, estático estou, é porque te espero
Vives minha vida e eu a tua
És do meu dia o sol
De minha noite a lua
E se hoje neste poema te desenho
É porque nele está tudo o que tenho

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Tempero da Vida

Cria a mulher a vida
e dá-te
E ainda que possível fosse distingui-las
Em vão o seria
Eterna tentativa
Sem tempero algum, sal, açúcar
Pimenta ou canela
Seria somente
O viver e sua mazela
Contando faróis ao sol
Sombrinhas solitárias a voar
Um lento passeio vadio
Dali em seu mundo surreal
Um estado pseudo febril
Loucura bela e viral
A infância a sopros varrida
Planetas brincando ao vento
Zombando da poeira do tempo
Ao toque de dedos funciona o cosmo
Uma pitada de paixão dá-se a partida
Toda forma de amor é válida
Ainda que seja a esmo
Ou uma eterna despedida

domingo, 16 de novembro de 2008

Azul Claro

Vem esta pagar a promessa
De fazer-te solene e feliz
Por uma alma triste, em trevas imersa
Na ponta dos dedos deste poeta aprendiz

Vens em tua forma iluminada
Em azul desenhas meu caminho
Como tinha de ser surgiste, inusitada
E ressuscitaste meu amor, meu carinho

Na folha a maciez do corpo
No lápis a mão a imitá-la
Para o sono velar, meu sopro
Para acordar-te, meu lábio a beijá-la

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Grandes Esperanças

A vida a arte imita
Sem cabelo ou maquiagem
Sem dó da personagem
Talvez a mesma até permita
Singela, a escolha da atriz
E, um dia, quem sabe até um final feliz
Sussurrando Beatriz
Quiçá fazer morada no cenário dela
Grandes esperanças esquecidas
Passar a vida à espera de um beijo de Estela

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Contrariando

Contrariando Gonçalves Dias, que entendia tudo de poesia, mas pelo visto nada de futebol... A TERRA NÃO TEM MAIS PALMEIRAS!!!!

Tcheco manda um abraço, mas é sem querer.

Caprichosa

Peço um sorriso
De pronto olhos me respondem
Um coração quer atender meu pedido
Dois lábios fecharem-se escolhem

Em meus braços pergunto
Se sentimentos tanto me procuram
Por que lábios, caprichosos
A meu pedido se recusam?
... e eles sorriem

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Destinos

Dois destinos tem a vida
Deliciosa insanidade
Fazer de um, meta
Ser feliz
Ou ser poeta

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

After All

And after all we say
Couldn’t life be any happier
Than some beers among friends
By the end of the day

And after all I see
Through the eyes covering fog
Life isn’t life without her
When she’s somewhere else but not beside me

And after she’s gone
Lights are off, darkness is on
Sailing where the wind blows
Touching burning ice I realize
After that, living is done

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Deixa Chover

Com a grata participação de Cybeli Moraes:

DEIXA CHOVER
Deixe chover, deixe a felicidade gotejar
O máximo que pode acontecer
É a gente nela se molhar

Um sorriso nunca fora motivo
Para o temor a tal beleza
Se o som de minha risada lhe agride
Ou lhe ilumina o caminho
Só a sua há de lhe dar certeza

Deixe chover, deixe o espaço transpirar
Aquilo que talvez falte acontecer
É o tempo num compasso se acertar

Um abraço será sempre movido
Para espantar a tristeza
Porque o som da tua risada me inibe
Ou me anoitece aos domingos
Gerando paz na incerteza

Deixe chover, deixe o temporal começar
O mínimo que pode acontecer
É a gente, vez por outra, se afogar

Mas molhe. Porque vale a pena transbordar.
Depois seque. Para novamente em chuva retornar.