Os pés pisam o tapete, puro
Descalços,
Desconhece, a grama, chuteira
Ali onde tantos já rezaram
Impõem-se no campo à beira
Impávidos em vulto obscuro
Os fantasmas daqueles que ali jogaram
O tempo se perde na imensidão
Afoga-se num mar de lágrimas
São milhares, sua história e mérito
Trazendo a esperança pela mão
Esvai-se a angústia e suas rimas
São onze, cada um e seu exército
É um jogo ou uma batalha
Por uma taça, uma vida,
Ou qualquer coisa que o valha
É você em campo, peito franco
Beijando a bola, caprichosa, bandida
A alma vestida em preto, azul e branco
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Gentileza
Não é gentileza, é verdade
E me perdoe se falo sem pensar
É espontâneo, inevitável
Como o amanhecer e o luar
Como as marés e as ondas do mar
Não me pergunte o que acoberto
Ou porque deixo de esconder
Em vã tentativa, pânico discreto
Na angústia camuflar o óbvio
Verso a verso, aos poucos dizer
Sem receio de saber o que se quer
Do desejo conheço a cor
E todo seu tom e matiz
O tempo traz temperos
Agrega sabor
Alegria a gosto
Felicidade em broto e raiz
Cavoucar fundo na alma
Onde a boca pede calma
E elogio não é favor
E me perdoe se falo sem pensar
É espontâneo, inevitável
Como o amanhecer e o luar
Como as marés e as ondas do mar
Não me pergunte o que acoberto
Ou porque deixo de esconder
Em vã tentativa, pânico discreto
Na angústia camuflar o óbvio
Verso a verso, aos poucos dizer
Sem receio de saber o que se quer
Do desejo conheço a cor
E todo seu tom e matiz
O tempo traz temperos
Agrega sabor
Alegria a gosto
Felicidade em broto e raiz
Cavoucar fundo na alma
Onde a boca pede calma
E elogio não é favor
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Vendaval
É vendaval, não é brisa
Vento frio não sopra
É mais forte do que parece
E cresce
Levanta, poeira e moral
Onde o riso, fraco padece
Onde o mar não tem sal
Onde o fogo por vezes se aquece
A árvore acena e agradece
À areia a coreografia final
A torre balança gritando princesa
E a pluma desvairada dança
Se permite exibir, insiste ser criança
Ao sol é alento, é luz de luar
É poder ver sem enxergar
É vendaval, não é brisa
Feche os olhos e se deixe levar
Vento frio não sopra
É mais forte do que parece
E cresce
Levanta, poeira e moral
Onde o riso, fraco padece
Onde o mar não tem sal
Onde o fogo por vezes se aquece
A árvore acena e agradece
À areia a coreografia final
A torre balança gritando princesa
E a pluma desvairada dança
Se permite exibir, insiste ser criança
Ao sol é alento, é luz de luar
É poder ver sem enxergar
É vendaval, não é brisa
Feche os olhos e se deixe levar
Lentidão
Sempre fui um leitor lento
O tempo me morde à escolha da obra
E deste, do pouco que me sobra
Faço votos e reverência ao talento
Levo anos a dobrar da vida, capítulo
A esquecer algo, alguém
E você, é quem?
Foste meu ou de outro bem?
Um desfecho e lhe prometo título
Deste final já sei o começo
E faço da teimosia meu vício
Não peço
Meu ápice eu mesmo teço
Eterno retorno incosciente
Estar voltando ao seu início.
O tempo me morde à escolha da obra
E deste, do pouco que me sobra
Faço votos e reverência ao talento
Levo anos a dobrar da vida, capítulo
A esquecer algo, alguém
E você, é quem?
Foste meu ou de outro bem?
Um desfecho e lhe prometo título
Deste final já sei o começo
E faço da teimosia meu vício
Não peço
Meu ápice eu mesmo teço
Eterno retorno incosciente
Estar voltando ao seu início.
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