terça-feira, 30 de setembro de 2008

Kika

Nunca pedi licença
Pra vida ou qualquer vivente
E há quem diga que não sente
A língua travando no dente
O tamanho de minha presença

Não insista, me veja, sou moda
Tendências me seguem por rotina
O sucesso há tempos me procura
Sabe ele ser minha sina
Sabe ele sou foda

Seu tempo eu conheço
Não peço desculpas pela demora
Do crescer já sei o custo
Já pago seu preço
Posso ser eu mesma a qualquer hora

Meu jeito, sem saber me entrega em cheio
Realmente pinto e bordo às torrentes
Não pareço familiar
Já me viste por sobre as gentes
Era eu a capa e recheio

Não me espere ver em pranto
Meu sorriso exige merecimento
Por caráter, maciez ou momento
E saiba antes do julgamento
Aos que dizem não ser social
Apenas nego o direito ao encanto

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