quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Tempero da Vida

Cria a mulher a vida
e dá-te
E ainda que possível fosse distingui-las
Em vão o seria
Eterna tentativa
Sem tempero algum, sal, açúcar
Pimenta ou canela
Seria somente
O viver e sua mazela
Contando faróis ao sol
Sombrinhas solitárias a voar
Um lento passeio vadio
Dali em seu mundo surreal
Um estado pseudo febril
Loucura bela e viral
A infância a sopros varrida
Planetas brincando ao vento
Zombando da poeira do tempo
Ao toque de dedos funciona o cosmo
Uma pitada de paixão dá-se a partida
Toda forma de amor é válida
Ainda que seja a esmo
Ou uma eterna despedida

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