Quando foi que perdemos a paciência?
Era tudo de que se dispunha?
Em que curva, data ou estação?
Seria um sintoma, um mundo em demência
Ou simples lapso de paixão?
Do tempo nosso, perdemos a posse
Viu-se pueril entre dedos
Aos ares em vento, sem mesura
Foi-se sem chance ou censura
Procurar noutros os mesmos enredos
A felicidade nos anseia e devora
O pote de ou(t)ro ao fim do arco
Por que fazemos da tristeza o marco?
A busca é infinita
A recomeçamos em março,
ou com a nova aurora?
Queremos sem pedir ou precisar
Avião novo sem olhar pro céu
Pisamos a lua sem ver o mar
E se queremos novidade
Há sempre um jeito moderno
De vestir o mesmo chapéu.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário