Até que um dia,
Por sorte, desdém ou teimosia
Seus demônios lhe aprendem o respeito
Não lhe assusta mais a carência
Já se permite viver calado
É quase bom viver sozinho
E até dormir acompanhado
Despedem-se da vida medidas
Melhor pecar por excesso
De risos, beijos, agruras
De amor e dor em demasia
De torrentes de paixão descabidas
Caem as máscaras da festa
O salão, de damas e dons
Grandes cavalheiros
Seus cheiros, gestos e sons
Quixote a lhes adornar a testa
Já se sabe o que se fora
E agora o faz com sciência
Não se luta mais contra maré
Sabe-se vã insistência
Não ser mais
Aquilo que se é
terça-feira, 27 de outubro de 2009
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